Faz hoje uma semana que fui a Júri, e conforme havia dito aqui estou eu para fazer uma síntese de como decorreu a 1ª sessão de Júri RVCC de Nível Secundário do CNO da Escola Secundária de Vizela, na qual foram certificados 6 formandos, onde eu me incluo, pertencentes ao grupo pioneiro deste processo.
A sala escolhida para levar a cabo esta sessão foi, para quem conhece, a antiga biblioteca da Escola Secundária de Vizela, local muito agradável e que proporcionou a existência de um ambiente muito acolhedor. A sessão começou às 20 horas em ponto. A mesa do Júri estava composta pelo director do CNO, a coordenadora do grupo, 3 formadores das 3 áreas de competência, e é claro, a presença obrigatória do avaliador externo, que neste caso era uma senhora doutora. À sua frente, num conjunto de mesas dispostas em U, estávamos nós, os formandos, 3 de cada lado. Ao fundo um computador portátil com ligação a Internet, conectado a um dispositivo de Datashow que projectava para uma tela. Como é natural, estávamos todos com um ligeiro nervoso e ansiedade, isso sentia-se no ar, mas que se foi dissipando com o decorrer da sessão, muito graças a intervenção inicial do júri que começou logo por nos colocar à vontade. Começou por falar o director do CNO apresentando os membros júri, e continuou com uma breve abordagem ao processo RVCC e do papel do CNO no mesmo, entre outras considerações. Tomou depois a palavra a coordenadora do grupo, que teceu alguns comentários ao trabalho que desenvolveu connosco, entre outras considerações também. Seguiu-se a avaliadora externa, que nos dirigiu algumas palavras de confiança e de tranquilidade. Estava assim aberta a sessão! Agora cabia a cada um de nós fazer a sua apresentação.
Tinha-nos sido informado de antemão para prepararmos alguma coisa que gostássemos de fazer e que fizéssemos bem, a fim de ser apresentado na sessão, e que tínhamos 10 minutos cada um para o efeito - penso que este tempo foi sempre ultrapassado. A ordem de apresentação já estava predefinida, e pelo que percebi estava feita por ordem alfabética dos nomes dos formandos. Antes de cada formando iniciar a sua apresentação a coordenadora do grupo lia um texto, que preparara, e no qual lhe traçava o perfil, de forma séria mas muitas vezes engraçada. E ia-se assim quebrando o gelo! Seguia-se então a apresentação do formando. Havia apresentações para todos os gostos, vídeos – como foi o meu caso e que se pode ver no post anterior - powerpoints, foto-álbuns digitais, ou simplesmente discurso oral. Houve também quem preferisse ir discursando enquanto o seu powerpoint passava na tela. As apresentações, essencialmente, retratavam a forma de como decorreu o processo de cada um, desde as aprendizagens, as dificuldades, e as perspectivas para o futuro, entre alguns aspectos do percurso de vida. No final da apresentação cada formando era aplaudido. Tomava então a palavra um dos seus formadores para tecer alguns comentários sobre o próprio formando e sobre como foi trabalhar com ele durante todo o processo, entre outras considerações. Por fim, tomava a palavra a avaliadora externa, que nos colocava 2 ou 3 perguntas sobre algo relacionado com o nosso portefólio.
Fomos todos acarinhados, elogiados pelo nossa dedicação e trabalho, enfim, várias palavras que fazem bem ao ego e nos enchem de orgulho. Durante o tempo que decorreu a sessão – penso que mais de 3 horas – houve momentos de ansiedade, descontracção, gargalhadas, e até mesmo emoção com lágrimas de alegria. Fechou a sessão o director do CNO, que entre vários comentários frisava a importância do processo RVCC ser encarado com seriedade e reconhecido pela sociedade como meio de qualificação e certificação de valor incontestável, refutando cabalmente a ideia de facilitismo que muitas vezes lhe é associado. Eu, pela minha parte e porque passei pelo processo, subscrevo na integra estas palavras.
Acabada a sessão estávamos todos a morrer de fome, e por isso seguimos sem mais demoras para o lanchinho que havíamos preparado com antecedência, onde durante algum tempo confraternizamos em ambiente de alegria e boa disposição. E foi assim, de uma forma sintetizada, que decorreu a sessão de Júri.
Eu, que sou uma pessoa que sofro muito por antecipação, posso agora dar-vos um concelho: quando chegar a vossa vez, não tenham receio nem fiquem nervosos; sejam vocês mesmos e façam tudo com naturalidade, porque a verdade é que o Júri não é nenhum "bicho papão", mas sim o culminar e coroar de um longo, e muitas vezes difícil, trabalho.
Espero, nesta síntese que fiz, não me ter esquecido de nada de importante, mas se aconteceu desde já peço desculpa!
Agora vou descansar um pouco e saborear esta conquista, mas vou tentar não adormecer, pois sabemos que o tempo passa a correr, e como dizia um dos meus colegas « talvez seja hora de pensar em novos voos, para tentar ir mais além».
Fiquem bem e até à próxima.